Com o avanço da tecnologia, tem se tornado cada vez mais comum encontrar profissionais que deixaram de lado a lógica tradicional do mercado e abandonaram seus empregos fixos em escritórios para conhecer o mundo enquanto trabalham – e o que não falta são ótimos destinos para nômades digitais ao redor do planeta.
O essencial para os adeptos dessa nova dinâmica de vida é achar lugares com internet decente e espaços para trabalhar (como cafés com WiFi livre e ambientes de coworking estruturados).
Pensando nisso, selecionamos 9 lugares em três continentes que cumprem esses quesitos, e de quebra ainda falamos se eles pedem visto para brasileiros. Veja abaixo:
9 destinos para nômades digitais trabalharem enquanto viajam pelo mundo
• Ásia
1. Chiang Mai, Tailândia
Chiang Mai, uma das maiores cidades da Tailândia, capital cultural do país, abriga centenas de templos budistas – característica que faz com que ela seja um dos principais destinos de viagem espiritual do mundo.
Por isso, Chiang Mai também é um dos melhores lugares na Ásia para viver e trabalhar como nômade digital, já que possui um baixo custo de vida e proporciona ótimas oportunidades para os profissionais fazerem networking, uma vez que a comunidade de expatriados é bem grande por lá, sobretudo no bairro Nimman.
A cidade tem uma boa velocidade de internet, em geral, e há vários pontos com WiFi liberado, algo imprescindível para manter o ritmo de trabalho de quem é adepto do nomadismo digital.
Cafés para usar Wi-Fi: Ristr8to e My Secret Cafe in Town.
Espaços de coworking: C.A.M.P e MANA co-working space.
Precisa de visto? A Tailândia é um dos países da Ásia que dispensa o visto para brasileiros por 90 dias nas modalidades turismo e negócios.
2. Canggu, Bali, Indonésia
Já imaginou trabalhar num lugar que é visto por muitos como um verdadeiro paraíso na Terra?
É por essa razão que a vila de Canggu, em Bali, na Indonésia, é considerada um dos melhores destinos para nômades digitais em todo o planeta.
Além de contar com praias lindíssimas e com um bom leque de opções de lazer e gastronomia, Canggu também tem uma boa estrutura no que diz respeito à qualidade de internet e é segura para mulheres viajantes.
De quebra, o custo de vida é baixo, como em Chiang Mai, mas há um ponto de atenção: em Canggu há o preço para locais e o preço para turistas, que é bem mais alto. Por isso, procure conhecer os valores reais para negociar e, assim, fugir desse tipo de “armadilha”.
Cafés para usar Wi-Fi: Nude e Banh Mi Beans.
Espaços de coworking: Dojo Bali e Outpost Canggu.
Precisa de visto? A Indonésia dispensa o visto de turismo para brasileiros por até 30 dias, mas exige visto de negócios.
3. Ho Chi Minh, Vietnã
Ho Chi Minh, também conhecida como Saigon, é a cidade mais populosa do Vietnã, país que vem despontando no Sudeste Asiático após um período de guerras. Atualmente, a nação está passando por um crescimento econômico, e isso se reflete em Ho Chi Minh, que está cada vez mais cosmopolita.
Em relação às condições de trabalho para nômades digitais, a internet não é tão rápida se comparada à de Canggu e à de Chiang Mai, mas Ho Chi Minh compensa em fatores como segurança, oferta de WiFi gratuito e de espaços de coworking, opções de lazer e custo de vida, que é um dos mais baixos em todo o continente.
Cafés para usar Wi-Fi: The Workshop Coffee e The Open Space.
Espaços de coworking: CirCO Coworking Space e Start Campus.
Precisa de visto? O Vietnã exige visto de entrada para brasileiros, tanto na modalidade turismo quanto na modalidade negócios.
• Europa
4. Lisboa, Portugal
Lisboa se tornou, nos últimos anos, um dos principais destinos para nômades digitais brasileiros na Europa. Além do idioma comum e de algumas similaridades culturais, a capital de Portugal também atrai a atenção dos profissionais viajantes por ter um custo de vida mais baixo, sobretudo se comparado a outras cidades europeias de destaque.
Muitas startups têm surgido em Lisboa, o que facilita bastante a possibilidade de fazer networking e de estabelecer conexões profissionais. A comunidade de expatriados vem crescendo consideravelmente, o que agrega ainda mais ao clima multicultural de ambientes de coworking e cafés.
A velocidade de internet é boa e a capital é segura e cheia de espaços dedicados à arte e à cultura, como teatros, museus e bibliotecas.
Cafés para usar Wi-Fi: The Mill e Café com Calma.
Espaços de coworking: Coworklisboa, Misturado e Beco.
Precisa de visto? Portugal não exige visto de entrada para brasileiros por 90 dias tanto na modalidade turismo quanto na modalidade negócios.
5. Praga, República Tcheca
Muitos viajantes experientes apontam Praga como a cidade mais bonita de toda a Europa. E não é pra menos: a capital da República Tcheca é cheia de castelos e de construções em estilo gótico que ficam às margens do Rio Vltava (que corta a cidade), o que resulta em cenários realmente exuberantes, especialmente no pôr do sol e à noite.
Além das belezas, Praga também é um dos melhores destinos para nômades digitais na Europa por reunir condições como custo de vida relativamente baixo, internet com boa velocidade, segurança (especialmente para mulheres), e opções variadas de lazer e cultura.
Cafés para usar Wi-Fi: Cafedu e Friends Coffee House.
Espaços de coworking: Locus e Impact Hub Praha.
Precisa de visto? Assim como Portugal, a República Tcheca libera a entrada de brasileiros por 90 dias sem a necessidade de visto. Isso vale tanto na modalidade turismo quanto na modalidade negócios.
6. Budapeste, Hungria
Além de ser a capital húngara, Budapeste também é a cidade mais populosa do país.
A metrópole é tão bonita quanto Praga e não fica atrás da capital tcheca no que diz respeito à receptividade aos nômades digitais que chegam à Hungria.
O custo de vida em Budapeste é consideravelmente mais baixo do que o de Praga e Lisboa; a internet é rápida, há vários pontos com WiFi livre e a cidade tem uma boa estrutura. É possível se locomover a pé com tranquilidade e segurança nas zonas centrais, e o que não falta são lugares para se divertir e curtir um descanso do trabalho.
Cafés para usar Wi-Fi: Kino Café e Kelet Café.
Espaços de coworking: KAPTÁR coworking e Impact Hub Budapest.
Precisa de visto? A Hungria também não exige visto de entrada para brasileiros por 90 dias, seja na modalidade turismo ou na modalidade negócios.
• Américas
7. Buenos Aires, Argentina
Buenos Aires é uma das cidades mais charmosas e cosmopolitas de toda a América Latina. A capital da Argentina tem uma forte influência europeia, característica que fica bem evidente na arquitetura dos principais bairros portenhos, como o Microcentro, San Telmo e Palermo.
Essas três regiões, aliás, são as que mais atraem os nômades digitais que chegam à cidade, vindos sobretudo da Europa e de outros países da América Latina. Buenos Aires é um bom lugar para esses profissionais por causa de fatores como estrutura e oferta de locais com internet livre, tanto em espaços públicos quanto privados.
Aliás, o aplicativo BA WiFi é uma iniciativa que mapeia todos os pontos na capital com acesso liberado à internet. Os freelancers podem curtir uma tarde numa praça ao ar livre e aproveitar para responder e-mails de trabalho e mensagens de clientes, por exemplo.
Agora, para fazer uma tarefa mais complexa, como programação ou edição de imagens, é necessário ir a um café ou coworking, já que a velocidade da conexão nesses espaços públicos não é tão rápida.
Cafés para usar Wi-Fi: Ninina e a rede de cafeterias Le Blé.
Espaços de coworking: Urban Station, Manawa e Central Coworking
Precisa de visto? A Argentina não pede visto de entrada para brasileiros por 90 dias, tanto na modalidade turismo quanto na modalidade negócios. O país também libera a entrada sem passaporte: basta apresentar um documento de identificação recente e em bom estado, como RG ou CNH.
8. Medellín, Colômbia
Medellín é a segunda maior cidade da Colômbia e fica a cerca de 420 km de distância da capital Bogotá.
Com uma cultura vibrante, rica gastronomia e um leque variado de opções de lazer, Medellín vem atraindo cada vez mais profissionais de todos os cantos do mundo.
A velocidade da internet por lá não é a melhor entre os destinos para nômades digitais que listamos, mas a qualidade da conexão é mais do que suficiente para trabalhar. Além disso, há muitos cafés e pontos com WiFi liberado na cidade, algo essencial na rotina dos adeptos do nomadismo.
Cafés para usar WiFi: Pergamino Café e Botánika Lounge.
Espaços de coworking: Tinkko e La Casa Redonda.
Precisa de visto? A Colômbia não exige visto de brasileiros por 180 dias na modalidade turismo e 90 dias na modalidade negócios. Assim como na Argentina, é possível entrar no país só com documento de identificação.
9. Cidade do México, México
A Cidade do México só fica atrás de São Paulo no ranking das maiores metrópoles do continente americano. Além de ser um dos principais centros financeiros das Américas, a capital do México está observando um crescimento no número de startups, sobretudo na área de tecnologia.
Com isso, chegam cada vez mais estrangeiros para trabalhar na cidade, e a comunidade de expatriados só vem crescendo, o que colabora ainda mais para a vocação cosmopolita da metrópole, que tem uma vida noturna agitada.
A velocidade da internet na capital mexicana é melhor do que em Buenos Aires e Medellín; o custo de vida fica na média das principais capitais latino-americanas e há muitos lugares para trabalhar, como cafés e espaços de coworking, o que faz da Cidade do México um dos melhores destinos para nômades digitais na América Latina.
Cafés para usar WiFi: Blend Station e a rede de livrarias/cafeterias El Pendulo.
Espaços de coworking: El 3er Espacio e CoLabora.
Precisa de visto? O México não exige visto de brasileiros por 90 dias, tanto na modalidade turismo quanto na modalidade negócios. É preciso levar passaporte, já que o país não faz parte do acordo do Mercosul que permite a entrada somente com documento de identificação.
Esses foram os 9 melhores destinos para nômades digitais trabalharem e conhecerem o mundo ao mesmo tempo!
Selecionamos as cidades que vêm se destacando na comunidade dos profissionais viajantes e, como você pôde ver, há opções para todos os perfis – desde aqueles que levam o laptop para a praia para trabalhar à beira do mar até os que não abrem mão de ficar em grandes metrópoles com vida noturna movimentada.
Já visitou algum desses lugares e conhece cafés ou espaços de coworking ótimos para os nômades digitais? Fala pra gente nos comentários, e não deixe de compartilhar o post com aquela amiga ou aquele amigo que sonha em trabalhar e viver assim!
