Kruger Park: roteiro de 4 dias pelo safári mais famoso da África do Sul

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Tem vontade de fazer um safári? Curiosidade de como é? Não tem ideia por onde começar a planejar um? Então continue lendo este post que ele vai esclarecer tudo pra você! Vamos juntos conhecer um roteiro de safári pelo Kruger Park, o icônico destino de vida selvagem na África do Sul.

Primeiramente vamos começar com alguns esclarecimentos: existem duas grandes formas de se fazer um safári, seja no Kruger ou na maioria dos parques africanos.

  • De forma independente – o chamado self-drive safari com carro alugado.
  • Com veículos e guias do parque – chamado de game drive.

Nós fizemos de forma independente, como parte da nossa viagem de volta ao mundo na África do Sul, portanto é justamente esse formato que vamos relatar aqui.

Como Chegar até o Kruger Park?

Com o intuito de facilitar vamos esclarecer a localização do Kruger Park. Ele fica no nordeste da África do Sul e a 420 km de Joanesburgo e 1.840km da Cidade do Cabo, desta forma as três principais formas de se chegar ao parque são:

Com o intuito de facilitar vamos esclarecer a localização do Kruger Park. Ele fica no nordeste da África do Sul e a 420 km de Joanesburgo e 1.840km da Cidade do Cabo, desta forma as três principais formas de se chegar ao parque são:

  • Traslados dos hotéis/lodges dentro do parque e proximidades;
  • De avião até 3 aeroportos: Nelspruit (sul), Hoedspruit (centro) e Skukuza (dentro do parque);
  • De carro alugado, geralmente em Joanesburgo. Quer saber se sua carteira de habilitação serve? Veja tudo neste post!

Como já dissemos anteriormente, o safári no Kruger Park, fez parte da nossa viagem de volta ao mundo. E em nossa passagem de 2 meses pela África do Sul, fizemos o país inteiro de carro alugado, por isso vamos detalhar a terceira modalidade acima, a seguir.

Custos de um safári independente pelo Kruger Park

Um dos maiores atrativos de se fazer de forma independente um safári pelo Kruger Park, é justamente o menor custo. 

As agências, operadores de turismo ou até mesmo os safáris organizados pelo parque, oferecem a comodidade do turista não ter que se preocupar com mais nada além de observar a bela vida selvagem do parque e tirar lindas fotos, mas tudo isso a um custo maior por causa das taxas embutidas.

Vamos portanto aos principais custos para se planejar e realizar um safári independente no Kruger Park:

Taxa do Kruger Park

Existe uma taxa de conservação diária que custa R372 (pouco mais de R$100) para adultos e R184 (cerca de R$50) para crianças. Esses valores são válidos até 30/10/2019. Contudo é possível conferir os valores atualizados neste link.

Acomodação

Você pode se hospedar dentro ou fora do parque e optar por qual estilo de acomodação prefere. Pode ser desde acampar até ficar em super luxuosos lodges. Tem várias opções pra todos os gostos.

Alimentação

Existem restaurantes e mercados dentro dos acampamentos espalhados pela imensa área do parque. Mais uma vez, depende do estilo da viagem, pois é possível usar a estrutura dos acampamentos para preparar as refeições e lanches ou comer nos restaurantes.

Uma informação que pode ser útil é sobre o Wild Card, um cartão que já tem embutido as taxas de conservação dos parques administrados pelo SanParks, incluindo o Kruger. Ele é vantajoso se pretende ficar por mais que 3 dias no Kruger e ainda visitar outros parques pela África do Sul, que era nosso caso. Pagamos R4530 (pouco mais de R$1.200) um cartão para o casal. 

Dia 1

Como parte final do nosso percurso pela Rota Panorâmica, pernoitamos na cidade de Phalaborwa, que fica do lado do Kruger Park e do portão de acesso homônimo. Portanto nosso primeiro dia de safári começou na manhã seguinte desta pernoite.

Saímos cedo, logo após o café da manhã, e antes de chegar ao portão do Kruger, passamos em um supermercado da cidade para nos abastecer de alguns suprimentos e água. Achamos melhor prevenir, pois não sabíamos dos preços dos mercados dentro do parque.

Como parte final do nosso percurso pela Rota Panorâmica, pernoitamos na cidade de Phalaborwa, que fica do lado do Kruger Park e do portão de acesso homônimo. Portanto nosso primeiro dia de safári começou na manhã seguinte desta pernoite.

Ao chegar no portão Phalaborwa, fomos à recepção para mostrar nossa reserva de pernoite, que seria acampar no camping Balule, que já havíamos feito no site de reservas do Kruger ainda no Brasil.

Posteriormente à parte burocrática, entramos oficialmente no parque e já iniciamos nosso primeiro dia de safári independente no Kruger! Não era possível esconder a ansiedade e excitação que estávamos ao começar a dirigir pelas estradas do parque.

Aliás esse é um ponto importante: é necessário atenção máxima ao se dirigir, tanto para conseguir avistar os animais, quanto para evitar qualquer acidente com eles ou com outros veículos. Ao se avistar um animal, pode-se encostar o carro e ficar parado para se observar melhor e tirar fotos. Viu um ou mais carro parado? Pode se preparar que tem bicho por alí!

A princípio é importante destacar a necessidade de um bom planejamento. Desde já registramos o fato do Kruger Park ser imenso, apenas um pouco menor que a Bélgica(!), por isso é necessário que você tenha programado previamente por onde pretender dirigir, onde pretende parar para comer/ir ao banheiro e obviamente dormir.

O Google Maps ajuda bastante, mostra as estradas de asfalto e as de terra também, além disso nos portões do Kruger Park também é possível conseguir um mapa.

Por dentro do Kruger Park

De antemão nosso plano foi seguir em direção ao rest camp Olifant. Os 12 principais rest camps espalhados dentro do Kruger são verdadeiras mini cidades, bem como possuem toda estrutura para os visitantes. Restaurantes, lojas, mercados, postos de combustível, acomodações variadas, alguns possuem até museus e centros de pesquisas.

Chegamos ao rest camp Olifant e fomos comer e beber algo. Este rest camp tem uma localização privilegiada sobre uma bela colina com vista incrível para o rio de mesmo nome. Logo após nos refrescarmos e alimentarmos, ficamos esperando dar o horário do nosso sunset drive safári único passeio que fizemos pelo parque.

Chegamos ao rest camp Olifant e fomos comer e beber algo. Este rest camp tem uma localização privilegiada sobre uma bela colina com vista incrível para o rio de mesmo nome. Logo após nos refrescarmos e alimentarmos, ficamos esperando dar o horário do nosso sunset drive safári único passeio que fizemos pelo parque.

Este sunset drive nos custou R656 (quase R$ 180) para 2 pessoas. É um passeio que sai de quase todos os rest camp às 16h30 com duração de 3 horas. Basicamente é um dos safáris mais clássicos feito pelo Kruger Park.

Vimos muitos animais durante o passeio, incluindo um dos mais difíceis de se avistar que é o mabeco, ou cachorro selvagem. E por fim, voltamos para o acampamento Olifant bem satisfeitos com a experiência do Sunset Drive Safari.

Quando chegamos já estava escuro, e uma vez que após o fechamento dos portões não é permitido dirigir sozinho, fomos escoltados de lá até o local do nosso acampamento daquela noite que era no Balule.

O Balule fica 11km de distância do Olifant e é um rest camp bem menor e mais rústico, portanto sua estrutura é mais simples, oferece alguns pequenos bangalôs e bastante área para camping. Tem uma cozinha comunitária e banheiro com chuveiros. Não possui restaurante nem mercado ou loja. Uma cerca reforçada nos separa de toda vida selvagem do Kruger.

Montamos nossa barraca no escuro mesmo, preparamos nosso jantar e dormimos ao som dos animais ao nosso redor.

Dia 2

Nosso segundo dia começou após nosso café da manhã e desmontagem do acampamento. O dia seria um pouco mais tranquilo em relação às atividades programadas e distâncias percorridas.

Saindo do Balule seguimos para mais um dia de safári independente pelo Kruger Park. O plano hoje era fazer a observação de animais em direção ao rest camp Letaba, onde iríamos almoçar e conhecer a estrutura.

Ao chegar, primeiramente compramos água e snacks no mercado e fomos conhecer o bem montado e super interessante Museu do Elefante que existe lá. Muito informativo, o museu possui várias partes do corpo de vários elefantes que viveram no parque, além de contar histórias de elefantes famosos e estatísticas atuais sobre a evolução e o número atual de indivíduos no Kruger. A entrada é gratuita.

Ao chegar, primeiramente compramos água e snacks no mercado e fomos conhecer o bem montado e super interessante Museu do Elefante que existe lá. Muito informativo, o museu possui várias partes do corpo de vários elefantes que viveram no parque, além de contar histórias de elefantes famosos e estatísticas atuais sobre a evolução e o número atual de indivíduos no Kruger. A entrada é gratuita.

Depois da visita, fomos até a área destinada a piqueniques e fizemos nosso almoço. Como estamos viajando equipados com fogareiro e utensílios de cozinha, temos grande liberdade para fazer nossas refeições e de quebra economizar um bom dinheiro desta forma.

Uma noite mais selvagem

Refeição feita era hora de seguir em direção ao portão Phalaborwa – o mesmo que entramos no Kruger Park – para fazer nosso check in para o Sable Hide  que seria nossa acomodação nesta noite.

O Kruger Park possui alguns poucos hides, que são basicamente abrigos bem discretos para observação de animais. Geralmente ficam próximos à fontes de água, o que facilita a visualização. É bastante usado para observadores de aves, já que possuem uma estrutura que possibilita observar e fotografar por bastante tempo.

O Kruger Park possui alguns poucos hides, que são basicamente abrigos bem discretos para observação de animais. Geralmente ficam próximos à fontes de água, o que facilita a visualização. É bastante usado para observadores de aves, já que possuem uma estrutura que possibilita observar e fotografar por bastante tempo.

Alguns desses hides podem ser reservados para se passar a noite. Eles possuem camas que durante o dia ficam dobradas e à noite servem para uma experiência mais selvagem em meio aos animais do parque. O Sable Hide têm capacidade para 9 pessoas e possui um banheiro rústico, sem chuveiro e sem água encanada.

Queríamos ter essa experiência mais rústica e selvagem, portanto decidimos passar uma noite ali. Depois de pegar as chaves e lençóis no check in da recepção do portão Phalaborwa, seguimos para o hide, que após às 18h fica restrito aos que ali pernoitam, ou seja, nós!

Fizemos um braai – como o churrasco é chamado na África do Sul, com direito a vinho e pão de alho e passamos uma bela noite ao som dos animais que circulam por ali.

Dia 3

Acordamos bem cedo, tomamos nosso café e seguimos viagem para mais um dia de safári independente pelo Kruger Park. Este dia seria um pouco mais puxado. Teríamos pela frente o maior deslocamento dentro do Kruger Park.

Mais uma vez fomos bastante agraciados com grande quantidade e variada presença de animais. Se por acaso você se questionou se fazer dias seguidos de safári torna-se algo repetitivo e monótono, podemos afirmar seguramente que não. 

Acordamos bem cedo, tomamos nosso café e seguimos viagem para mais um dia de safári independente pelo Kruger Park. Este dia seria um pouco mais puxado. Teríamos pela frente o maior deslocamento dentro do Kruger Park.

As paisagens, as situações e os animais mudam o tempo todo, tornando cada momento de observação único e bastante diferente uns dos outros.

Fomos seguindo devagar, parando bastante para observar, fotografar e filmar os muitos animais que fomos encontrando pelo caminho. Os destaques desse trecho foram a observação de um grupo de elefantes tomando um animado banho em uma pequena barragem e o avistamento do nosso primeiro Baobá, a enorme árvore símbolo do continente africano.

Após o almoço no Satara seguimos sentido sul, a caminho do rest camp onde passaríamos nossa última noite dentro do parque: Skukuza – o maior de todo o Kruger, além de ser o local de sua sede administrativa.

O procedimento é sempre o mesmo para quem possui reservas de acomodação dentro dos rest camps. Basta ir direto na recepção, apresentar o comprovante da reserva e mostrar o pagamento da taxa de conservação ou o Wild Card. Feito isso, é retirar a chave ou receber o local designado para montar a barra (nosso caso!).

Barraca montada, banho tomado, mais um braai acompanhado de cerveja gelada degustado, fomos dormir cedo, ainda mais que nosso plano era sair antes do nascer do sol na manhã seguinte.

Dia 4

Nosso último dia de safári independente pelo Kruger Park começou bem cedo como planejado. A ideia era usar o melhor horário para tentar ver leões, já que até então não tínhamos visto nenhum. 

Saímos em plena alvorada com olhares bem atentos para tentar achar os desejados bichanos. Continuamos seguindo no mesmo sentido do dia anterior, com a intenção de sair do Kruger Park pelo portão Malelane, o mais ao sul do parque.

Com pouco tempo dirigindo tivemos um belo presente em nosso safári. Vimos uma enorme e bela fêmea de leopardo com o seu filhote! Foi muito emocionante avista-los descansando em um grande galho de uma árvore. Tiramos muitas fotos e ficamos um bom tempo se deliciando com o momento.

Nosso último dia de safári independente pelo Kruger Park começou bem cedo como planejado. A ideia era usar o melhor horário para tentar ver leões, já que até então não tínhamos visto nenhum.

Terminamos nosso safári independente pelo Kruger Park muito satisfeitos com a experiência. Adoramos a estrutura do parque, mais ainda sua vida selvagem e a possibilidade de realizarmos uma de nossas grandes vontades dentro de nossa viagem de volta ao mundo.

Esperamos ter inspirado e ajudado a organizar uma das melhores experiências possíveis que um viajante pode ter no continente africano. 

Fique à vontade para nos perguntar qualquer outra coisa que queira saber sobre um safári no Kruger. Confira mais fotos desse safári em nosso Instagram.

Se Roca no Mundo e viaje com a gente!

Até a próxima!

Ele tem 40 anos, é professor de geografia e empreendedor. Ela tem 33 anos, é enfermeira e empreendedora. Rogerio e Camila são também conhecidos como o casal Roca e adoram viajar e inspirar as pessoas a levarem uma vida mais leve e descontraída. Nesse exato momento, eles estão dando a volta ao mundo, cheios de projetos em andamento.

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