O que fazer em Joanesburgo: 4 dias na maior cidade da África do Sul

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Iniciamos nossa viagem de volta ao mundo pelo continente africano e escolhemos a África do Sul como porta de entrada. Começamos pela maior cidade, que está localizada estrategicamente no meio do país. Descubram, portanto, o que fazer em Joanesburgo em um roteiro de 4 dias!

Nós partimos do Brasil em um voo direto para África do Sul e chegamos por Joanesburgo. É lá que fica o Aeroporto Internacional Oliver Tambo (JNB), o maior do país e onde são feitas todas as conexões domésticas.

Existem duas companhias que fazem voos diretos para o país, sempre com chegada via Joanesburgo: a LATAM e a South Africa Airways (SAA). Nós usamos a LATAM e o voo foi tranquilo, relativamente rápido, com duração de 9 horas – lembrando que a África do Sul está 5 horas à frente de Brasília, no Distrito Federal.

Para aqueles que estão com os dias de férias contados, geralmente a cidade é usada somente como conexão. Mas, como não era nosso caso, passamos 4 dias por lá e vamos te dizer exatamente o que fazer em Joanesburgo.

Saímos do aeroporto JNB com um carro que alugamos – na África do Sul, alugar carro é relativamente barato, pagamos menos de dois mil reais por 31 dias. Essa é a melhor maneira de se locomover por quase todo o país, com exceção de Cape Town, que tem uma ótima estrutura de transporte público. Nos hospedamos em um apartamento no centro da cidade, via Airbnb, e, embora fosse um pouco afastado, não prejudicou nosso deslocamento.

Chegamos no apartamento no horário do almoço e decidimos, nesse dia, só fazer um reconhecimento dos arredores, umas compras no mercado e descansar para começar os passeios no dia seguinte. Lembrando que estamos em um ritmo de viagem totalmente desacelerado, mas vamos sinalizar quando for possível juntar passeios para otimizar o tempo na hora de planejar o que fazer em Joanesburgo. 

A cidade tem uma ligação fortíssima com o passado histórico e cultural do país, que foi palco do regime de segregação racial conhecido como Apartheid (1948 – 1994) e teve como presidente o maior ícone de liderança da África negra e ganhador do prêmio Nobel, Nelson Mandela. 

Nós adoramos saber desses assuntos históricos, mas, além disso, a cidade também tem muitas atrações:

O que fazer em Joanesburgo em 4 dias

Dia 1

Jardim Botânico

Começamos a explorar as atrações da cidade de Joanesburgo pelo Jardim Botânico. Nós adoramos nos exercitar sempre que possível e, para conhecer o jardim inteiro, é preciso uma boa caminhada.

Começamos a explorar as atrações da cidade de Joanesburgo pelo Jardim Botânico. Nós adoramos nos exercitar sempre que possível, para conhecer o jardim inteiro é preciso uma boa caminhada.

O lugar é ótimo para fazer piquenique e tirar fotos. Boa parte do jardim é muito bem cuidada, mas tinha uma parte pequena que estava precisando de manutenção… No local, tem também lanchonete, lojinha de artesanato, banheiros, muita natureza, vários pássaros e animais menores. 

Foi um dia muito gostoso e é possível conhecer o jardim botânico de Joanesburgo em apenas meio período. O melhor é que a entrada é gratuita!

Dia 2

Museu do Apartheid

Nosso segundo dia de passeio foi no museu do Apartheid. O museu é a principal atração turística de Joanesburgo e muito da história do país está ali. Nós consideramos esse um passeio imperdível na cidade, entretanto é um lugar de muita reflexão e sofrimento. Nós nos emocionamos por diversas vezes durante a visita.

Nosso segundo dia de passeio foi no Museu do Apartheid. O lugar é a principal atração turística de Joanesburgo e muito da história do país está concentrada ali. Nós consideramos esse um passeio imperdível na cidade, entretanto é um local de muita reflexão e sofrimento. Nos emocionamos por diversas vezes durante a visita. 

A entrada do museu, em janeiro deste ano, foi 95 Rand. O estacionamento é gratuito e bem grande e, dentro do museu, tem uma máquina de snacks e banheiro. Nós levamos um lanchinho que comemos durante uma pausa na visita. O passeio dá para ser feito em meio período caso você não faça questão de ler tudo o que o museu disponibiliza de informação. Nós ficamos no museu por volta de 6 horas.

Estava programado para esse dia um passeio pela Constitution Hill, que era uma prisão durante o período do Apartheid e hoje é um famoso museu. Mas tivemos um imprevisto à tarde e acabamos pulando essa atração.

Dia 3

Maropeng e Cradle of Humankind

Esse passeio é um pouco mais afastado da cidade, mas nós gostamos muito! Trata-se de um complexo onde você pode visitar tanto o museu quanto as cavernas. Nós optamos por visitar os dois e, inclusive, é possível comprar um entrada conjugada por 190 Rand (com desconto) ou individual, caso opte só pelo museu ou só pela cavernas. 

O museu de Maropeng apresenta teorias sobre a origem da vida na Terra e evidências de que o berço da humanidade fica naquela região. As cavernas, com visita guiada, reforçam as teorias do museu com evidências práticas. 

Esse passeio é um pouco mais afastado da cidade mas nós gostamos muito. Se trata de um complexo onde você pode visitar tanto o museu quanto as cavernas. Nós optamos por visitar os dois e inclusive é possível comprar um entrada conjugada por 190 Rand (com desconto) ou individual, caso opte só pelo museu ou só pela cavernas.

Para nós, tanto o museu quanto a caverna, foram bem legais. Mas, se tivesse que escolher um, achamos a caverna mais impressionante.

O local tem estacionamento gratuito, banheiro, bebedouros e restaurantes. O complexo, no geral, nós achamos um pouco caro, tanto as entradas das atrações quanto das refeições – nós levamos lanche de almoço. Mas tem uma boa estrutura e certamente valeu a visita.

Esse é um passeio de um dia inteiro, até porque é mais afastado da cidade.

Dia 4

Bairro de Soweto

Conhecemos o bairro de Soweto no 4° dia e por lá tem uma série de atrações que dá tanto para passar e ver por fora, quanto entrar se quiser.

Conhecemos o bairro de Soweto no 4° dia. Por lá, tem uma série de atrações que dá tanto para passar e ver por fora, quanto para entrar se quiser.

Uma das atrações é a Mandela House, que foi a casa onde Nelson Mandela morou e hoje é um “museu”. Não é uma casa muito grande e decidimos tirar umas fotos só de fora, já que paga para entrar.

Há ainda a casa onde morou o arcebispo Desmond Tutu, que também foi protagonista no fim do regime do Apartheid e ganhou o Nobel da Paz. Tanto a casa do Nelson Mandela, quanto a do Arcebispo ficam na famosa rua VilaKazi. Lá também tem vários bares, restaurantes e lojinhas de artesanato.

Outra atração do bairro é o Hector museu. O nome é em homenagem à sua trágica morte a caminho de casa, durante um episódio sangrento que ficou conhecido como o “levante de Soweto”. Bem próximo ao museu tem ainda uma feira de artesanato interessante.

Além disso, andar pelas ruas do bairro também é uma atração. Existem várias placas explicativas que fazem do lugar um museu a céu aberto, e as casas ainda são muito icônicas.

Nós chegamos pelo bairro de Soweto, de carro, já pela Vilakazi Street e vários flanelinhas quase invadiram o nosso carro para estacionarmos por ali.

Nós chegamos pelo bairro de Soweto de carro, já pela Vilakazi Street, e vários flanelinhas quase invadiram nosso carro para estacionarmos por ali. Mas não nos deixamos intimidar e continuamos subindo a rua. Estacionamos atrás do Hector museu e foi ótimo. Não tinha flanelinha por lá e o local aparentava ser seguro.

Esse é um passeio de um dia inteiro e ainda dá pra incluir as Orlando Towers, que ficam a uns 10 minutos de carro, partindo da Vilakazi Street. Lá é possível praticar esportes radicais ou apenas tirar algumas fotos, como nós fizemos.

Informações práticas sobre a África do Sul

A África do Sul tem 11 idiomas oficiais, incluindo o inglês, e é um destino famoso, muito procurado por intercambistas brasileiros.

A moeda usada é o Rand Sul Africano. Nossa dica é: sempre chegue em qualquer país com pelo menos um pouco da moeda local – no nosso caso, compramos Rand em São Paulo, na Dragon Fly.

O país faz parte do acordo de Viena, o que significa que brasileiros podem dirigir por lá sem problemas, desde de que tenham a Permissão Internacional para Dirigir (PID), que deve ser apresentada junto à Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O país tem 11 idiomas oficiais incluindo o inglês, inclusive é um destino famoso para intercambistas brasileiros.

As nossas permissões para dirigir (tanto nacional quanto internacional) não foram solicitadas em nenhum momento e também conhecemos outros viajantes que nunca tiveram a PID, mas dirigiram na África do Sul sem problemas. Mesmo assim, é melhor se prevenir.

Já lemos relatos de motoristas brasileiros que tiveram problemas com a polícia sul-africana, inclusive casos de corrupção. Por isso, nós optamos por tirar a PID, até mesmo porque estamos em uma viagem maior, de volta ao mundo.

Na África do Sul, eles usam a mão inglesa para dirigir. Demora um tempo para você se acostumar, mas não é nenhum bicho de 7 cabeças – em 2 horas você se acostuma e dá tudo certo!

Caso esteja sozinho ou não queira alugar carro, existem roteiros famosos com ônibus no estilo Hop On Hop Off no país inteiro. A desvantagem é que você fica preso ao itinerário do ônibus.

No país, bebidas alcoólicas só são vendidas até as 18 horas e não são vendidas em domingos e feriados. Aliás, você não encontra o produto em mercados, somente em liquor store. 

Esperamos que vocês gostem das nossas dicas sobre o que fazer em Joanesburgo!

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Até a próxima!

Ele tem 40 anos, é professor de geografia e empreendedor. Ela tem 33 anos, é enfermeira e empreendedora. Rogerio e Camila são também conhecidos como o casal Roca e adoram viajar e inspirar as pessoas a levarem uma vida mais leve e descontraída. Nesse exato momento, eles estão dando a volta ao mundo, cheios de projetos em andamento.

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