Não é segredo para ninguém que a América do Sul está cheia de lugares incríveis. Além de destinos clássicos como Buenos Aires, Bogotá e Montevidéu, um dos locais mais legais para se visitar é a capital chilena – e o melhor de tudo é que dá para fazer turismo em Santiago mesmo tendo pouquíssimo tempo para conhecer a cidade.
Nos últimos anos, muitos turistas brasileiros que passam feriados prolongados no exterior têm optado por fazer um roteiro 2 em 1, visitando a Argentina e o Chile na mesma viagem e aproveitando a proximidade de Mendoza – a principal região argentina para a produção de vinho – com a fronteira chilena.
Pensando nisso, preparamos esse post para quem vai fazer uma visita relâmpago por Santiago e reservou dois dias para explorar a cidade. Continue lendo e descubra as principais atrações da capital:
2 dias de turismo em Santiago: o que conhecer
1. Sky Costanera & Costanera Center Mall
O Costanera Center Mall é o principal shopping da cidade. Bem moderno, abriga marcas que ainda não chegaram no Brasil ou que não possuem lojas em nosso país atualmente, como Banana Republic, Burt’s Bees, H & M, Steve Madden, Lush, Topshop e a espanhola Mango.
Além de ser o destino ideal para compras, o Costanera Center tem livrarias, rede de cinemas e uma praça de alimentação com muitas opções; tudo isso é distribuído em seis andares em espiral, o que facilita a locomoção das pessoas que passam por lá.
Anexo ao shopping fica uma das atrações mais visitadas da capital chilena: o Sky Costanera, que é o mirante mais alto em toda a América Latina. Localizado num edifício comercial com mais de 300 metros de altura, o mirante recebe turistas de todo o mundo e proporciona uma visão panorâmica 360º de toda a Santiago.
Imagine apreciar uma paisagem que inclui não só toda a área urbana da cidade como também a Cordilheira dos Andes ao fundo – essa é a experiência de quem vai até o mirante, e é por isso que o Sky Costanera é um passeio quase obrigatório para incluir no roteiro de turismo em Santiago.
O Sky Costanera funciona das 10h às 22h de segunda a domingo, inclusive aos feriados. O ticket de entrada custa cerca de 15.000 pesos chilenos, o que corresponde a cerca de 85 reais na cotação cambial de fevereiro de 2019.
2. Mercado Central de Santiago
O Mercado Central de Santiago é o lugar a se ir para comer um almoço típico chileno – só que atenção: prepare-se para encarar um ambiente movimentado e um pouco caótico, mas cheio de sabores e aromas por todos os lados.
O mercado, que foi inaugurado na cidade em 1872, funciona assim: na parte externa da estrutura, há diversos stands que comercializam produtos básicos como peixes, frutas e legumes; já o pavilhão interno abriga vários restaurantes e algumas lojas de lembrancinhas para presentear a família e os amigos na volta.
Escolher um restaurante para o almoço não é tarefa fácil, principalmente devido a uma prática muito comum por lá – os funcionários ficam na frente de cada estabelecimento com o cardápio na mão e tentam ao máximo chamar a atenção das pessoas que estão circulando pelo espaço.
Não é incomum, inclusive, haver pequenas “disputas” entre restaurantes vizinhos, que alteram preços para atrair clientes e até oferecem pequenas degustações dos pratos (uma observação importante: a maioria dos itens do cardápio é à base de peixes e de frutos do mar, como é de costume no Chile).
Uma vez selecionado o restaurante, aproveite a experiência: em muitos dos estabelecimentos, há música ao vivo embalando as refeições, e o dono ou o gerente vai de mesa em mesa para dar um oi e perguntar o país ou a cidade de origem de cada cliente.
Ah, outro lembrete importante: os pratos geralmente são bem servidos e acompanham guarnição com arroz, batata e algum tipo de salada (eles vão oferecer a tradicional “salada chilena” como opção, que consiste em tomates cortados em meia lua, tiras de cebola crua e salsa, tudo bem temperado).
O Mercado Central de Santiago funciona, em média, até as 17h ou 18h, e fica bem movimentado entre meio-dia e 14h, no horário do almoço.
3. Palacio de la Moneda & Plaza de la Ciudadanía
Qualquer programação de turismo em Santiago não pode deixar de incluir a região central, especialmente se você vai fazer um roteiro curto na cidade e quer conhecer o máximo de atrações no menor tempo possível
Há vários pontos de interesse no Centro da capital chilena, ainda mais para quem é fã de arte, história e arquitetura. Não deixe de visitar o Palacio de la Moneda, que é uma imponente construção do século 18 que funciona como a sede da presidência do país.
É possível realizar visitas guiadas no palácio; elas devem ser agendadas previamente pelo site oficial do governo. Se não conseguir fazer a visita, não se preocupe porque ainda há muito o que ver nos arredores – o próprio palácio fica de frente para a Plaza de la Ciudadanía, que é uma atração à parte.
A praça é ampla e cercada de bandeiras chilenas, tem uma fonte de água e sempre conta com apresentações de artistas de rua. O passeio por lá é rápido e a próxima parada é o centro cultural que fica a poucos metros de distância.
4. Centro Cultural La Moneda
Inaugurado em 2006, o Centro Cultural La Moneda tem uma estrutura bem moderna e é completamente voltado para as artes e para a cultura. Seu espaço assemelha-se a um grande galpão e possui escadarias que levam aos diferentes níveis onde as exposições são realizadas.
O centro já recebeu 100 mostras desde que abriu e possui uma programação bem eclética que contempla vários estilos e períodos históricos – pop art e esculturas romanas já foram temas de exibições que ocorreram simultaneamente.
Uma das coisas mais legais do Centro Cultural la Moneda é que ele tem ações educativas e recebe públicos de todas as idades. Além dos turistas, é muito comum ver crianças em excursões escolares e idosos passeando pelos corredores.
O espaço funciona de segunda a domingo das 9h às 21h e o acesso às exposições vai das 9h30 às 19h30. Algumas das exibições são pagas, mas aqui vai uma dica que não é tão divulgada: a entrada é gratuita até o meio-dia ou das 15h às 19h30, dependendo da programação da vez.
5. Cerro Santa Lucía
O Cerro Santa Lucía fica a cerca de 2km da região do Palacio de La Moneda – isso dá, mais ou menos, 20 minutos de caminhada, o que é uma boa oportunidade de conhecer as ruas e sentir como é a vida na capital chilena.
Datado do começo do século 19, o Cerro é um morro cujo topo fica a mais de 70 metros de altitude em relação ao restante da área. Para subir até lá é preciso um pouco de fôlego, mas a estrutura do Cerro, cheia de construções e esculturas, permite que sejam feitas várias paradas estratégicas ao longo do percurso.
Ao se chegar à parte mais alta do Cerro Santa Lucía, é possível contemplar uma paisagem da cidade que por pouco não rivaliza com o Sky Costanera. O melhor de tudo é que esse passeio é gratuito, além de possibilitar uma atividade ao ar livre na programação de 2 dias de turismo em Santiago.
6. Bairro Lastarria
Lastarria é a área boêmia por excelência na capital chilena. Se você perguntar aos estrangeiros que vivem na cidade qual a melhor região para ter uma experiência cosmopolita e para degustar de uma gastronomia internacional, eles vão indicar o bairro.
Alguns dos melhores bares e restaurantes de Santiago estão lá, além das cafeterias e das galerias de artes que se espalham pelas ruas. Aos sábados Lastarria recebe algumas feiras de artesanato e de antiguidades, deixando a região ainda mais charmosa.
O bairro também está cheio de arte urbana em suas paredes e muros, o que só contribui para o clima descolado do lugar. Como se não bastasse, nos arredores de Lastarria estão dois importantes museus e espaços culturais de Santiago: o Centro Cultural Gabriela Mistral e o Museu Nacional de Belas Artes.
7. Centro Cultural Gabriela Mistral – GAM
Aproveite sua ida à Lastarria para conhecer o Centro Cultural Gabriela Mistral – GAM. Além da encantadora fachada, que conta com um peixe de ferro suspenso e com vitrais coloridos no teto, o GAM mantém a excelente qualidade dos locais voltados para a arte e para a cultura em Santiago.
O centro cultural, que foi nomeado em homenagem à poetisa chilena Gabriela Mistral, conta com uma programação que permeia todas as linguagens artísticas, como exposições, peças de teatro e sessões de cinema, dentre diversas outras atividades.
Muitas das exposições são gratuitas e é comum ver jovens utilizando o espaço público do GAM para ensaios de dança e intervenções culturais. O centro ainda possui uma biblioteca, um café e áreas multimídia.
Cada setor do GAM funciona em horários específicos. Os edifícios principais ficam abertos de terça a sábado das 9h às 23h e de domingo e segunda das 9h às 22h.
8. Museu Nacional de Belas Artes
A menos de 800 metros do GAM fica o Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, um suntuoso palácio inaugurado em 1880. Além de sua maravilhosa construção externa, o museu possui um acervo de mais de 5 mil peças que inclui trabalhos de artistas chilenos e estrangeiros.
O interior do MNBA é de tirar o fôlego; além das pinturas e das esculturas espalhadas em dois andares repletos de salas, a ampla área central está cheia de detalhes arquitetônicos e conta com um teto que compõe o cenário e faz com que o próprio lugar seja uma obra de arte.
O Museu Nacional de Belas Artes abre de terça a domingo das 10h às 18h45; a entrada é gratuita.
Chegamos ao fim do nosso roteiro de 2 dias de turismo em Santiago!
Viu que é possível conhecer muita coisa em apenas 48 horas na capital chilena?
Com exceção do Sky Costanera, priorizamos os passeios que se concentram em regiões próximas e que possuem entrada gratuita em ao menos um período do dia. Nosso objetivo foi otimizar a programação e garantir uma experiência inesquecível mesmo tendo pouco tempo na cidade.
O que achou das nossas dicas? Já fez turismo em Santiago e tem sugestão de lugares para visitar por lá em mais de 2 dias? Fala pra gente nos comentários e aproveite para compartilhar o post com aquela pessoa que ainda não visitou o Chile!
